27 maio 2012

O Meu Nirvana

No alheamento da obscura forma humana,
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero,
Encontrei, afina, o meu Nirvana!

Nessa manumissão schopenhaueriana,

Onde a Vida do humano aspecto fero
Se desarraiga, eu, feito força, impero
Na imanência da Idéia Soberana!

Destruída a sensação que oriunda fora

Do tato – ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias –

Gozo o prazer, que os anos não carcomem,

De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéia
Augusto dos Anjos

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